domingo, 18 de abril de 2010


É assim q te quero, amor,assim, amor, é q eu gosto de ti,tal como te vestese como arranjasos cabelos e comoa tua boca sorri,ágil como a águada fonte sobre as pedras puras,é assim q te quero, amor,Ao pão não peço q me ensine,mas antes q não me falteem cada dia q passa.Da luz nada sei, nem dondevem nem para onde vai,apenas quero q a luz alumie,e também não peço à noite explicações,espero-a e envolve-me,e assim tu pão e luze sombra és.Chegastes à minha vidacom o q trazias,feitade luz e pão e sombra, eu te esperava,e é assim q preciso de ti,assim que te amo,e os q amanhã quiserem ouviro q não lhes direi, q o leiam aquie retrocedam hoje pq é cedopara tais argumentos.Amanhã dar-lhes-emos apenasuma folha da árvore do nosso amor, uma folhaq há de cair sobre a terracomo se a tivessem produzido os nosso lábios,como um beijo caídodas nossas alturas invencíveispara mostrar o fogo e a ternurade um amor verdadeiro.
Pablo Neruda