segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Ausência


Por muito tempo achei que a ausência é falta.E lastimava, ignorante, a falta.

Hoje não a lastimo.Não há falta na ausência.A ausência é um estar em mim.

E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,que rio e danço e invento exclamações alegres,porque a ausência assimilada,ninguém a rouba mais de mim.


Carlos Drummond de Andrade


8 comentários:

Jac C. disse...

Será mesmo?
Palavras de um grande poeta costumam ser inquestionáveis, mas vede o que uma ausência faz no coração da gente.
Por vezes, uma ausência se faz mais presente que uma presença, não acha?

Lá no "Asas", depois da rosa, o cravo.
Te espero com carinho.
Beijos.

Laura disse...

Sim... é um tema mto complexo... depende muito de cada pessoa, pois somos diferentes (graças à Deus eheheh)...
ausência de uma pessoa querida por ex. que já se foi... ela ficará em nossa memória, e aquela dor insuportável, com o tempo irá ficando uma saudade ...

MamaNunes disse...

Quisera ser poeta e ter a amplitude dos sentimentos deles...
Algumas ausências são vitais, outras temporais, algumas insubstituíveis, outras desejáveis, porem em toda a ausencia contém...

Adorei sua visita ao meu blog e. é claro que te dou uma força para colocar música.

Eu uso o "GCAST"
http://www.gcast.com/
Precisa se increver e criar seu álbum, depois fazer uploa das músicas em MP3 salvas no seu computador.
Não tem muito mistério, mas se achar difícil demais, posso te increver, criar seu album deppois você administra.
É só me mandar um email com seus dados (email- senha que queira usar- foto para o álbum...).
Eu faço prá você sem problemas. Depois vc poe as canções que quiser...
beijos

myself disse...

O poeta tem sempre razão. Será?

Frida Salobra disse...

lindo o texto...
Amei o blog também!
Laura que a poesia sempre possa nos fazer refletir sobre a nossa própria vida.
bjo.

O Profeta disse...

Os Deuses acordaram a ilha
Passaram a noite em celeste folia
Irritaram a chuva e o vento
Construíram castelos na maresia

Bom fim de semana



Mágico beijo

david santos disse...

Por favor!
Ajuda a que se faça Justiça a Flávia. Se és um ser com sentimentos, ajuda!
Eu jamais invadirei teu blogue, garanto! Mas ajuda.
Repara bem: eu, tu, seja quem for, tem nosso pai, nossa mãe, nosso irmão ou irmã, ao longo de 10 anos em coma, que vida será a nossa?
Se não tivermos a solidariedade de alguém com sentimentos, que será de nós?

TEMPO SEM VENTO

Ah, maldito! Tempo,
Que me vais matando,
Com o tempo.
A mim, que não me vendi.
Se fosses como o vento,
Que vai passando,
Mas vendo,
Mostrava-te o que já vi.

Mas tu não queres ver,
Eu sei!
Contudo, vais ferindo
E remoendo,
Como quem sabe morder,
Mas ainda não acabei
Nem de ti estou fugindo,
Atrás dos que vão correndo.

Se é isso que tu queres,
Ir matando,
Escondendo e abafando,
Não fazendo como o vento:
Poder fazer e não veres
Aqueles que vais levando,
Mas a mim? Nem com o tempo!

Heliarly F. Rios disse...

Os tempos são difíceis, quando as coisas não tem significado!